APROFUNDANDO OS DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS

 

CONTEÚDO COMPLEMENTAR

DISCIPLINAS: GEOGRAFIA

Prof. Eduardo

 

PAROFUNDANDO OS DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS

 

APROFUNDAREMOS NESSE POST OS DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS INDICADOS NO POST ANTEIROR

https://professoreduardopodcast.blogspot.com/2022/09/principios-dos-dominios-morfoclimaticos.html

 

DOMÍNIO MORFOCLIMÁTICO AMAZÔNICO

- O Domínio morfoclimático amazônico é o maior do Brasil, e está praticamente todo localizado na Região Norte do país.

- Relevo do domínio amazônico: No que diz respeito ao relevo, trata-se de um domínio cuja composição dá-se majoritariamente por terras baixas, ou seja, por locais de baixas latitudes e por grandes depressões.

- Clima do domínio amazônico: O clima é equatorial, quente e úmido e as chuvas costumam ocorrer durante todo o ano. A temperatura média costuma atingir entre os 24ºC e os 27ºC.

- Hidrografia do domínio amazônico: A hidrografia é um dos pontos de destaque desse domínio, visto que nele fica situada a maior bacia hidrográfica do Brasil, a Bacia hidrográfica amazônica. Isso influencia no fato de a região apresentar um grande volume de água.

- Solo do domínio amazônico: Em sua grande maioria, o solo da região amazônica é composto por latossolos (formados em grande parte por material mineral) e argissolos (apresentam uma separação bastante nítida relativamente a horizontes de cor). Regra geral, o solo da região amazônica não possui um alto índice de fertilidade.

- Vegetação do domínio amazônico: A vegetação é bastante diversificada e perene, ou seja, não costuma perder folhas ao longo do ano. O aspecto vegetal varia conforme a proximidade dos cursos de água e subdivide-se em três tipos: 1°) Matas de igapó: presentes em áreas constantemente inundadas pelos rios. 2°) Matas de várzea: presentes em áreas que são inundadas pelos rios de forma ocasional. 3°) Matas de terra firme: presentes em áreas que não são inundadas pelos rios.

 

DOMÍNIO MORFOCLIMÁTICO DA CAATINGA

- Relevo do domínio da caatinga: O domínio morfoclimático da caatinga está localizado na Região Nordeste do Brasil, e apresenta um relevo formado por depressões.

- Clima do do domínio da caatinga: O clima semiárido contribui para que haja um baixo índice de chuvas no local. A caatinga atravessa períodos de estiagem superiores a um ano e padece de diversas secas.

- Hidrografia do domínio da caatinga: No que diz respeito à hidrografia, a maior parte dos rios são temporários (secam uma vez por ano). Isso ocorre devido às altas temperaturas da região e também devido ao tipo de solo, que por não apresentar uma boa permeabilidade, contribui para a evaporação da água.

- Solo do domínio da caatinga: A má permeabilidade do solo tem impacto direto na quantidade de nutrientes; quanto mais água é possível reter, mais nutrido e fértil um solo é. Os solos argilosos (que contêm argila em 30% de sua composição), por exemplo, têm mais nutrientes do que os solos arenosos (que contêm areia em 70% de sua composição). Regra geral, a caatinga possui solo raso, isto é, um solo cuja camada rochosa fica bem perto da superfície.

- Vegetação do domínio da caatinga: O fato de a caatinga possuir um solo raso dificulta que as raízes das plantas possam explorar o solo em profundidade. Um fato bastante característico da vegetação da caatinga, é que ela conseguiu se adaptar às condições locais. A vegetação da caatinga subdivide-se em três tipos: 1°) Arbórea: vegetação que tem de 8 a 12 metros. 2°) Arbustiva: vegetação que tem de 2 a 5 metros. 3°) Herbácea: vegetação que tem abaixo de 2 metros.

 

DOMÍNIO MORFOCLIMÁTICO DOS MARES DE MORROS

- O domínio dos mares de morros ocupa o litoral brasileiro, estendendo-se desde o Nordeste até o Sul do país.

- Relevo do domínio dos mares de morros: O relevo da região, que deu origem à designação deste domínio morfoclimático, caracteriza-se pela presença de morros arredondados, planaltos e serras, dentre as quais se destaca a Serra do Mar.

- Clima do domínio dos mares de morros: Apesar de o clima dos mares de morros poder apresentar variações consoante as regiões, o clima tropical úmido é predominante. Por conta do clima tropical de altas temperaturas, o índice de chuva é alto. Isso pode fazer com que as encostas não sejam tão seguras; o risco de desabamentos é constante.

- Hidrografia do domínio dos mares de morros: No que diz respeito à hidrografia, este domínio morfoclimático apresenta um vasto volume de água. Ele abrange duas importantes bacias hidrográficas brasileiras: a Bacia hidrográfica do Rio Paraná e a Bacia hidrográfica do Rio São Francisco. Além disso, também dispõe de importantes hidrelétricas: a do Rio Paraná, a de São Simão e a de Três Marias. Apesar da abundância de água, uma grande parte dos rios dos mares de morros apresenta sérios problemas relacionados à poluição e à contaminação.

- Solo do domínio dos mares de morros: Relativamente ao tipo de solo, um dos predominantes neste domínio é o massapé. Ele é formado pela decomposição do granito e do gnaisse na mata nordestina. Outro solo de destaque é o salmourão, que é formado pela destruição e decomposição química do granito na Região Sudeste. Por conta da boa irrigação, o solo dos mares de morros é bastante fértil.

- Vegetação do domínio dos mares de morros: A vegetação dos mares de morros é uma das mais prejudicadas no que diz respeito à preservação. A expansão da agricultura comercial, o desmatamento para exploração de madeira e o desenvolvimento de centros urbanos são alguns dos fatores que contribuem para esse cenário. Na região, a vegetação típica é a da Mata Atlântica, também chamada de Floresta Tropical Úmida, que devido à devastação ambiental está representada por apenas 7% da sua extensão original (geralmente em locais de difícil acesso).

 

DOMÍNIO MORFOCLIMÁTICO DO CERRADO

- Relevo do domínio do cerrado: No domínio do cerrado, o relevo é em sua maioria plano ou com pequenas ondulações. Composto por grandes planaltos e chapadões, esse domínio morfoclimático tem cerca de 50% da sua altitude entre os 300 e os 600 metros.

- Clima do domínio do cerrado: O clima que predomina no cerrado é o tropical sazonal. A temperatura média da região ronda os 22 graus Celsius. No entanto, a máxima pode ultrapassar os 40 e a mínima pode ficar abaixo de 0, resultando em geadas. Trata-se de um domínio onde as estações do ano são bastante definidas: chove bastante no verão e o inverno é seco. O local também costuma atravessar um período severo de seca de outubro a abril.

- Hidrografia do domínio do cerrado: Localizado na região central do país, o cerrado é também chamado de "caixa d'água do Brasil" por conta da sua hidrografia. Em seu território estão localizados leitos e nascentes de rios de 8 das 12 bacias hidrográficas brasileiras. São exemplos desses rios o Rio Araguaia, o Rio Tocantins e o Rio São Francisco. A hidrografia do cerrado é responsável pela geração de energia de 9 em cada 10 brasileiros, por conta da importância desse domínio morfoclimático para os recursos hidrelétricos do país.

- Solo do domínio do cerrado: O solo do cerrado é tipicamente avermelhado e pode ser arenoso ou argiloso. Os tipos de solo predominantes nesse domínio são: Latossolo: de cor avermelhada/amarelada, é um tipo de solo pobre em nutrientes, que cobre cerca de 46% do domínio do cerrado. É um solo profundo.Podzólico: solo mineral fértil de cor avermelhada escura, e de considerável teor de ferro. Esse tipo de solo é bastante suscetível a erosões.

- Vegetação do domínio do cerrado: A vegetação do cerrado consiste majoritariamente em arbustos e em árvores baixas, que não costumam estar concentrados em grupos, mas sim afastados uns dos outros. Tipicamente, os troncos têm casca bastante grossa e aparência retorcida; as folhas costumam ser ásperas.

- Impactos ambientais no domínio do cerrado: O cerrado é o domínio morfoclimático que mais foi danificado pelos impactos ambientais ao longo dos anos. Dentre as principais causas dessa degradação estão: Contaminação dos rios. Abertura de rodovias. Expansão das fronteiras agrícolas. Queimadas.

 

DOMÍNIO MORFOCLIMÁTICO DAS ARAUCÁRIAS

- Relevo do domínio das araucárias: O relevo do domínio das araucárias caracteriza-se por fortes ondulações e por terrenos montanhosos. De aparência protuberante e formado pelo processo de erosão, esse domínio se localiza no Planalto meridional, e tem uma altitude que vai desde os 500 aos 1.300 metros. Parte do relevo das araucárias é formado pela ação da erosão em rochas de diferentes resistências.

- Clima do domínio das araucárias: O clima é majoritariamente subtropical e apresenta temperaturas médias, que costumam variar entre os 14 e os 30 graus. As estações do ano são definidas e, por isso, os invernos costumam ser rigorosos e os verões, quentes. A distribuição das chuvas ao longo do ano costuma ser bastante uniforme.

- Hidrografia do domínio das araucárias: No que diz respeito à hidrografia, o domínio das araucárias possui um grande potencial, pois abrange algumas das principais usinas hidrelétricas do país. Dentre elas estão a Usina de Itaipu e a Usina de Furnas. A drenagem dá-se, principalmente, através dos rios da Bacia do Paraná e da Bacia do Uruguai. Duas vezes por ano, muitos dos rios desse domínio atravessam dois períodos de cheia e dois períodos de baixa nos níveis de água.

- Solo do do domínio das araucárias: O tipo de solo mais característico das araucárias é a terra roxa. Apesar do nome, trata-se de um solo de cor avermelhada, que tem origem vulcânica e é formado através da decomposição do basalto. Esse solo apresenta umidade constante, que ocorre porque os rios das araucárias nunca secam. Isso faz com que a terra roxa seja naturalmente fértil e apropriada para o plantio.

- Vegetação do domínio das araucárias: A vegetação predominante é a Mata de Araucária, também chamada de Mata dos Pinhais, que consiste em uma floresta de pouca densidade. No Brasil, ela concentra o único exemplo de coníferas (espécie cujo fruto tem formato de cone). A mata original se estendia de São Paulo até o Rio Grande do Sul, ocupando uma área de cerca de 200 mil km2. Devido à exploração para produção de móveis e de papel, a vegetação foi significativamente reduzida.

 

DOMÍNIO MORFOCLIMÁTICO DAS PRADARIAS

- Relevo do domínio das pradarias: Também chamado de Pampas ou de Campanha Gaúcha, o domínio morfoclimático das pradarias apresenta relevo baixo e ligeiras ondulações chamadas de coxilhas. Por conta da amplitude desse tipo de relevo, a região é utilizada para a prática da pecuária.

- Clima do domínio das pradarias: Tendo em conta o clima, as pradarias podem ser divididas em dois diferentes tipos: Pradarias temperadas: são aquelas cujo clima varia entre temperaturas quentes e frias, de acordo com as estações do ano. O verão e a primavera costumam apresentar um grande volume de chuvas; já o inverno e o outono são tipicamente secos. Pradarias tropicais: são aquelas que apresentam clima quente e seco durante o ano todo.

- Hidrografia do domínio das pradarias: No que diz respeito à hidrografia, destacam-se alguns rios como o Rio Ibicuí, o Rio Santa Maria e o Rio Uruguai. Esses rios apresentam grande fluxo, e são responsáveis pela drenagem ininterrupta deste domínio morfoclimático. Todos eles pertencem à Bacia do Uruguai.

- Solo do domínio das pradarias: O solo das pradarias geralmente é profundo e de cor escura. A tonalidade da cor é originada da decomposição de uma matéria orgânica que o cobre, chamada húmus. O húmus torna o solo fértil e, por conta disso, as pradarias costumam ser utilizadas para plantação, principalmente de cereais. Em algumas regiões de pradaria, o tipo de solo é o arenito. Nesses locais, a agricultura é desenvolvida através do uso de máquinas e de técnicas de correção do solo. Outros dois tipos de solo existentes nas pradarias são o paleossolo vermelho e o paleossolo claro.

- Vegetação do domínio das pradarias: No que diz respeito à vegetação, as pradarias são cobertas por espécies herbáceas e rasteiras, com alturas que costumam variar entre 10 e 50 cm.

 

 

Imagem – Domínios Morfoclimáticos

Fonte da Imagem: http://s2.glbimg.com/Mn1HY5-lloDpH20m2FJ_yN2wKgU=/0x0:985x1115/300x340/s.glbimg.com/po/ek/f/original/2013/10/16/projeto_educacao_dominios_morfoclimaticos_leonardo_1.jpg

 

Vídeo – Domínios Morfoclimáticos - Cerrado

Fonte do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=qjZID_2c7ho

 

Vídeo Domínios Morfoclimáticos - Amazônico

Fonte do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=MSc2kNZvoPI

 

Vídeo – Domínios Morfoclimáticos - Caatinga

Fonte do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Hb7bp6O4Dc4

 

Vídeo – Domínios Morfoclimáticos - Araucárias

Fonte do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=aAWt3hEiCfg

 

Vídeo – Domínios Morfoclimáticos - Pampas

Fonte do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ZrfpBFXWvzk

 

 

ATENÇÃO

MATERIAL COMPLEMENTAR AS TEMÁTICAS TRABALHADAS NO ANO LETIVO 2022 NAS ATIVIDADES PROPOSTA PELO PROFESSOR EDUARDO ROZETTI DE CARVALHO – ESCOLA ESTADUAL ALONSO DE MORAIS ANDRADE / ESCOLA ESTADUAL SÃO FRANCISO DE SALES

 

FONTE(S)/SITES DAS INFORMAÇÕES TEÓRICAS:

https://brasilescola.uol.com.br/

www.todamateria.com.br

www.infoescola.com

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